domingo, 1 de maio de 2011

CRÔNICA DO MÊS DE MAIO

                  Deixei intencionalmente para escrever sobre JOÃO PAULO II exatamente neste início do mês de maio.
Não quis que toda emoção sobre sua morte fosse fator mais motivador ou influente para falar o  grande sacerdote.
Nada contra o mês de abril.  Mês do descobrimento; de Tiradentes, o mártir da independência e de tantos outros acontecimentos importantes.
É que para este cronista, maio é um mês diferente; singular; exuberante...
Festa da cidade; mês do nascimento de minha única filha, Carla de Fátima Barreto de Souza, nascida às dezoito horas do dia l3 de maio!
Mês que se inicia com a data mundial dos trabalhadores!
Mês das noivas; das grandes uniões e, sobretudo:   MÊS DE MARIA!
Mês que o Senhor dotou de singularidades: arrefeceu o clima; azuleceu o céu e elegeu como o de sua mãezinha.
Não se pode dissociar MAIO, também do papa JOÃO PAULO II. Tanto pelos acontecimentos em sua vida pessoal, como pela sua denotada devoção à  MÃE DE DEUS!
JOÃO PAULO II exalava um carisma ímpar:  movimentou multidões; dialogou abertamente com outras religiões; reescreveu o  CATECISMO que vigorava há não menos que quatrocentos e cinqüenta anos!
Desenhou o mapa da paz com contornos de paciência, salpicada de SANTIDADE ; grandeza; e compreesão.
Delimitou fronteiras ideológicas; nomeou cardeais e canonizou SANTOS como nenhum outro Papa!
Já "velho", incendiou uma multidão de jovens, criando o oncontro mundial da juventude!
Imitou  CRISTO!
Não o pregado na cruz, mas o  envolto em caminhas mundiais, sem precedentes, pela evangelização!
"Morto", influiu na eleição de seu sucessor, com o sopro  do Espírito Santo!
Ferido na praça  São Pedro, e, enfraquecido fisicamente , tornou-se mais forte, lembrando Paulo "...basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que minha força manifesta todo seu poder (2 cor.12,9); em sua magnífica epistóla aos Coríntios!
Ensinou-nos como enfrentar os sofrimentos com dignidade; a dor, com resignação, aprendizagem, coragem; santificação!
Soube perdoar seu algoz, percebendo que alí se cumpria a revelação feita em Fátima (Portugal)!
Pouco tempo, antes de sua passagem, abençoou os fiéis na praça SÃO PEDRO, juntamente com os jovens, lado a lado, representando o que mais gostava: a juventude e a PAZ!
Foi nesse momento percebido por muitos, que ocorreu o inesperado:  as pombas escolhidas e que seriam libertadas para voar, simbolizando a paz, se recusaram, terminantemente a deixar o local onde sua Santidade se encontrava: e, do simbolismo da paz passaram como a reeditar a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos!
Ali, intuitivamente previ que findavam os dias da passagem terrestre de JOÃO PAULO II !
No dia seguinte, recortei nos jornais as fotos estampadas na primeira  página!
Minha intuição estava correta; como a do atentado na praça São Pedro, em 1981.
Sem ser muito de rezar, orei para sua Santidade, para que o Senhor não prolongasse  seu sofrimento, chamando-o para a glória eterna!
Ele que tanto lutou nos quase vinte e sete anos de papado tinha todo o direito de uma passagem tranquila!
Quando de seu funeral, postei-me a maior parte do tempo frente a TV, como numa comunhão ecumênico-espiritual, com reis; rainhas; presidentes; ministros;  líderes político-religiosos de todo o mundo, e, de todas as seitas: judeus; muçulmanos; budistas; tibetanos...
Inimigos se entreolhavam! Adversários se cumprimentavam. Foi uma pausa mundial para meditação de como deve ser a conduta e a civilização humana preconizada por CRISTO!
Fidel foi à missa na Catedral em Havana,  depois de 40 anos!
ALI ÁGATA, seu algoz, arrependido, queria ir ao funeral!!!
Certamente o mundo assistiu poucos momentos como esse!
O período de JOÃO PAULO II foi um presente do Criador não só para mais de um bilhão e duzentos milhões de católicos, mas o chamamento à comunhão de todos os povos, raças e religiões; crenças; na certeza, de que estamos destinados a nos dar as mãos e caminharmos  juntos.
"O PAPA DO SÉCULO XX", se projetou sobre o XXI, e a revolução evengélica (principalmente dos jovens) atingirá certamente séculos e séculos!
E quanto ao seu sucessor?  Perguntará certamente o leitor.
Confesso que acredito piamente que o cardeal Ratizinger não queria ser eleito Papa, pois sabia que além do peso ; da responsabilidade a arquear-lhe os ombros, é uma tarefa que conheceu de perto como prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina e da Fé; e, principal  colaborador de JOÃO PAULO II. 
Sabia também que o sucessor de JOÃO PAULO II carregaria ainda um peso  extra, durante todo seu papado: substituir o MAIS CARISMÁTICO DE TODOS OS SUCESSORES DE PEDRO!
Mas , talvez esteja no despojamento da pretensão ao cargo;e, na humildade do novo Sumo Pontífice, que reside sua maior grandeza ao lado do fino preparo para tão nobre e Santa Missão.
Oremos para Bento XVI.
Ele surpreenderá!

(O autor é advogado em Itaperuna-rj.)

Ps. crônica escrita em  primeiro de maio de 2007,   após o falecimento de JOÃO PAULO II,  que se reedita  em homenagem à beatificação do Santo Padre.

Um comentário:

  1. Hoje podemos constatar que BENTO XVI foi realmente grande e despretensioso do Cargo!
    Como viu que suas forças físicas não poderiam enfrentar os problemas que a Igreja passava, e ainda passa, renunciou dando chance ao carismático PAPA FRANCISCO. Louvemos ao Senhor e a atitude de BENTO XVI.

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