sexta-feira, 25 de junho de 2021
terça-feira, 22 de junho de 2021
sexta-feira, 11 de junho de 2021
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Comentarios sobre nosso livro "O que o tempo nao levou"
Caríssimo Confrade, Laércio.
Em relação a sua pergunta sobre o que pode ou deve ser retirado do livro, sugiro que analise as partes que se referem à matérias que tratam de assuntos internos de colégio ou instituição, como relatórios, registro de atas, entrevista, esta por estarem as respostas repetidas na orelha, no prefácio e em outros textos do livro). Seguem as páginas que selecionei para sua apreciação: 34,35,36,37,59,102,134,148,149 e 175. Ficando a seu critério, cortá-las ou não, considerando que somente você sabe o grau de importância dos temas.
Estou enviando, conforme sua solicitação, o depoimento de Adilson Ribeiro e o “Momento de Arte” escrito que fizeram parte da noite de lançamento do livro “O que o vento não levou”, todavia, sugiro que não sejam inseridos no livro em sua reedição poe ser sobre o mesmo.
Depoimento do jornalista Adilson Ribeiro sobre o autor Laércio Andrade de
Souza e sua obra “O que o vento não levou” lançada pela Academia Itaperunense de Letras, em 29 de outubro de 2020, por transmissão ao vivo do Facebook, na Casa da Cultura.
Sinto-me feliz de estar compartilhando e partilhando da realização de seu livro. Nós nos conhecemos a bastante tempo, convivemos, compartilhamos ideias, estivemos lado a lado em muitas lutas e o senhor sempre foi aquele guerreiro que não foge das batalhas e que as encara com muito afinco e com muito destemor, mas acima de tudo, com muita sensibilidade e muito equilíbrio. O senhor tem as palavras certas na hora certa e um homem como o senhor não poderia jamais se furtar de registrar nesse livro suas experiências, suas visões e as coisas que pode presenciar.
O Willames, agora a pouco, falava que essa leitura é muito recomendada para os mais jovens. Sim, ela é recomendada para você conhecer um pouco mais de Itaperuna, um pouco mais do mundo, um pouco mais da própria vida, mas ela é prazerosa e saborosa para nós que conhecemos Itaperuna e que apesar de termos visto muita coisa acontecer aqui, não possuímos a sensibilidade aguçada e a capacidade de captar a essência das coisas como o senhor faz. Eu vi aqui, registros de coisas que eu também testemunhei, inclusive essa foto aqui, essa sua foto. Um detalhe... eu me lembro dessa foto. Se não me falha a memória, por ocasião do lançamento de candidatura do PMDB à Prefeitura de Itaperuna, seu nome foi citado e o senhor era um dos escolhidos para ser o Presidente, mas declinou do convite para lançar outros companheiros. Eu me lembro desse discurso e me lembro (me arrepio até...) do dia que essa foto aqui foi feita. Eu estava lá. Eu presenciei esse momento como repórter da Rádio Itaperuna. Então, essa foto me é familiar. Momentos como os que o senhor registra aqui como da história política de Itaperuna, eles são muitos saborosos e dá uma vontade enorme de... Dr. Laércio, eu estava lá, nesse momento, eu me lembro, disso ter acontecido, eu queria voltar no tempo, ter a visão que o senhor teve e também ombrear com o senhor naquelas lutas, nas batalhas que o senhor travou.
Foi... tem sido maravilhoso ler esse livro! Sinto-me honrado por conhecer o autor, desfrutar de sua amizade, ser seu afilhado. Eu estou muito feliz! Estou, realmente, muito emocionado, Dr. Laércio. O senhor é um homem que pode saborear o gosto maravilhoso de uma vida realizada. O senhor não apenas plantou árvores, o senhor defendeu as árvores, o senhor tem filhos, o senhor escreveu um livro. E por falar em defender as árvores tem uma crônica em que o senhor fala de seu pai. Sabe?! Eu agora vou parafrasear o seu pai: “Esse livro é bom, é muito bom!” Muito obrigado!
Momento Literário sobre a obra O QUE O TEMPO NÃO LEVOU.
Organização da Academia Itaperunense de Letras – 2020 16ª Diretoria - Presidente Valber Meireles
O autor Laércio Andrade valoriza sua obra ao selecionar a divisão em décadas como um critério que mescla o passado e o presente, projetando-se no futuro através de crônicas, cartas, discursos, poesia, prece etc, em tessitura atemporal como as diversas questões sociais que envolvem a família, a posição do povo, os problemas da educação, as artimanhas políticas, as injustiças, as preocupações com o meio ambiente e outras mais.
No PREFÁCIO preparado por seu filho Laércio Andrade de Souza Júnior, temos como sua fala final o seguinte: “O livro sintetiza, praticamente, vida e obra do escritor, merecendo uma leitura acurada de seu pensamento variado em estilo nas diversas fases da vida de atuação na política, na advocacia e no magistério.
Trazemos ainda parte do que registrou o saudoso acadêmico Maurício Cardoso: “A obra de Laércio sabe a inteligência e o bom gosto. O escritor se encaminha nas veredas da construção estrutural com leveza e firme trato nas ideias e pensamentos. (...) Ele conduz o leitor a deduções e conclusões assaz seguras, embevecendo-o com sutil abordagem (porém firme e decidida) de um problema que angustia os homens de consciência lúcida nesta sua Itaperuna.”
A DÉCADA DE 60.
DESTACA-SE na abertura da obra a REDAÇÃO sobre 0 tema “A PAZ É ATINGÍVEL”, onde o autor indaga: “ De que valem as guerras, se elas só trazem desgraças? E afirma que “o homem não é partidário da guerra, mas da paz, que a paz é a regra; a guerra, a exceção, que o ideal de paz é inerente à natureza humana e a solução é esperada e desejada por milhões de seres ávidos de paz. ” O leitor é levado a refletir sobre como os governantes, em vários lugares do mundo, usam os recursos públicos em guerras psicológicas, a fim de atender os interesses de uma minoria prepotente provocando a fome, as doenças e o analfabetismo de seus próprios povos.
Nos MEANDROS DOS TEXTOS desta década, o autor aponta criticamente algumas características humanas como o anonimato frente aos que primam pela amizade pura e sincera dos corruptos, para falar do preço da verdade” tomando como tema a “verdadeira lição de liberdade, de justiça e de consciência dos problemas, sem ser bitolado por facções ou (pseudo) verdades. ”
Sobressai ainda, o texto “Se o rio Muriaé falasse... “que se destaca pela personificação do rio, abrindo-se em reclames e lamentos, como num grito de socorro à natureza humana para que se amplie as atitudes conscientes de preservação do meio ambiente. Em suma, um alerta ao descaso contínuo sobre o que fazer e o que não fazer por um rio que morre nos dando seus préstimos.
A DÉCADA DE 70
Ressaltamos nesta década a BIOGRAFIA do autor constituída por depoimentos de familiares e amigos.
LAÉRCIO ANDRADE DE SOUZA é brasileiro, casado, professor na área de Letras, escritor, Membro Efetivo e Fundador da Academia Itaperunense de Letras – Acil, Membro da Academia Bonjesueunse de Letras, advogado com vasta e magnífica história como Membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros e da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Itaperuna, cidadão do povo, admirado e respeitado por todos de grande evidência no cenário social deste município onde reside.
Nos registros desta década DESTACA-SE a visão atemporal do autor que estende os olhos às questões políticas do município, à inércia dos que compõem a cúpula regente na prefeitura com suas atitudes marechais e empreguistas e suas incompetências administrativas aliadas à corrupção enquanto do outro lado se vê o eleitorado confuso diante do futuro político da cidade. Há neles, verdades severas sobre a política facciosa, assim como o da modalidade de angariar, com seus efeitos os pontos negativos para alguns e os positivos para os mais favorecidos.
A DÉCADA DE OITENTA
Como DESTAQUE nesta década, o leitor encontrará em sua obra, um grande valor na concentração de suas cartas políticas, profissionais e outras. Assunto que nos exige mencionar a EPISTOLOGRAFIA - A arte ou a técnica de escrever cartas, que durante mais de 2 mil anos constituiu o principal meio de comunicação.
A CARTA como registro de uma época trazendo-nos a riqueza de seu conteúdo trocado entre intelectuais são transformadas, atualmente, em fonte de pesquisa pois POSSUI A FUNÇÃO comunicativa primordial, e é essa característica de ser dirigida a um destinatário específico que a distingue com a FUNÇÃO conservadora das memórias e das biografias.
Coincidentemente, com início nesta década, a publicação de coletânea de cartas anotadas e comentadas vem crescendo paralelamente à oferta de biografias. Originalmente concebidas como simples forma de comunicação, as cartas acabaram por propiciar um gênero literário autônomo.
Muito mais há para se saber sobre este assunto, porém ficaremos com o grande valor das cartas escritas pelo Dr. Laércio e editadas em seu livro, pois estas “(...) o tempo não levou”.
Quanto a sua ESCRITA, podemos encontrar, valorosos registros sobre a missão do advogado na sociedade da época, profissão que o autor exerceu com “o ideal de servir”.
Para ele,” a difícil missão (...) tanto no âmbito restrito de procurador de interesses alheios, como batalhador pelas liberdades públicas violadas, lhe exige uma cultura não apenas específica ou técnica, mas uma cultura geral, quase universal da ciência de seu tempo e a certeza de que esses conhecimentos devem ser postos a serviço da coletividade que envolvem as criaturas que vivem, sofrem, reagem, clamam por segurança, liberdade, paz e sobretudo o apanágio maior - a justiça.
A DÉCADA DE NOVENTA
Nesta década, o que nos chama a atenção é o espaço reservado à mulher como criação divina, sua posição diante da igreja Cristã e da sociedade.
Há textos relacionados numa grande diversidade de temas, dentre eles, algumas reivindicações sobre construção de um novo fórum e a chegada da vara federal, numa preocupação de trazer melhorias para a cidade de Itaperuna, além de outros escritos destacando grandes figuras sociais como os políticos Antônio Carlos Magalhães, Ulisses Guimarães e o Padre Humberto Lindelauf.
O autor registra sua história como presidente da OAB de Itaperuna por cinco mandatos, fala sobre a crise do judiciário e valoriza a família cuja temática promove na obra, um elo entre as décadas, através das crônicas e do belíssimo poema “Lembranças de meu pai”.
A DÉCADA DE 2000
Como em toda a obra, nesta última década, o leitor encontrará diversas crônicas de grande riqueza vocabular e linguagem padrão.
Seu EIXO ESCRITA define-se pelas narrativas originais e bem acabadas, em estruturas diversas, inclusive com presença de antagonia, há grande riqueza de componentes através de citações de grandes nomes da política, da história e da literatura brasileira e mundial demarcando sua ampla base em cultura ocidental.
Temos ainda, a presença da objetividade emocional do autor como base para falar das subjetividades em sua forma de se relacionar com o mundo, percorrendo com clareza seu posicionamento ético, profissional e político em busca de expor sua visão sobre fatos sociais e a partir daí, ir tecendo uma série de reflexões dentre as quais se o passado se projeta na atualidade através de suas certezas estruturadas com base em cenários experimentados ou testemunhados.
Enquanto no EIXO TERRITÓRIO, o autor demarca a cultura itaperunense em que se insere, trazendo para o leitor uma diversidade de personagens reais, dentre eles, alguns de destaque social, sendo padres, políticos, amigos, alunos, advogados, juízes, delegados e outros.
Ressaltamos em sua escrita a crônica “Em tempos Fugit” onde se pode observar o demarcar da temporalidade através do próprio “tempo”, inserindo-o como personagemextensão que se projeta ao longo de toda a vida do autor.
E finalizamos o momento literário com o poema de sua autoria: LEMBRANÇAS DE MEU PAI