sexta-feira, 11 de maio de 2018

PARA COMEMORAR O DIA DAS MÃES
Laércio Andrade de Souza.

Mãe,
Difícil definir-te,
Se até no momento em que Seu filho desta terra despediu-se,
Recebeu D'ele uma mensagem ao mundo que até hoje persiste.
'Filho, eis aí tua mãe!', 'Mãe, eis o teu filho',  dirigindo-se a João, que representava, naquele momento, a humanidade... toda multidão!

A dor, momentânea sofrida.  O  desespero, o pesadelo,  transformou-se em esperança contínua, com acolhimento e zelo de rotina.
Ela, sofrendo com o Filho nos braços,  mas  impassível... cheia de graça, numa felicidade humanamente incompreensível.
Viu completar nas palavras da  'despedida', a esperança do  mundo inteiro em outra 'Vida!'

Não foi um abraço comum no Filho 'morto' em seus braços;  mas uma despedida com Santa Graça.
Para que o mundo,  através dela,  venerasse a santidade inteira,
Esperançosa de uma 'Vida' que não fosse sofrida e passageira.


O que era choro, transformou-se em alegria,
Numa síntese que todo o mundo queria,
O amor do Pai, que na indissolubilidade permaneceria.
 Apareceu reluzente, em Fátima, aos pastorinhos,
Em Lurdes, Guadalupe, Aparecida, e em todos os caminhos.
Não satisfeita... em grutas, montanhas, rios... periferia.

E como uma sina, deu exemplos que a  obrigação divina exigia.
Visitou os presos, pobres, famintos,  doentes e a quem mais pedia.
Para demonstrar mais uma vez sua ação,
também apareceu no rio Jordão!
Demonstrando que  nunca discrimina, os pobres, mendigos, doentes e messalinas.

Para abençoar o Brasil, mergulhou nas águas do Paraíba.
Apareceu' negra' para demonstrar toda indignação...toda discriminação!
Sepultando de vez toda escravidão.

Daquele dia em diante, todos, ricos, milionários, 'poderosos' e, os  mais humildes cidadãos, deveriam prestar veneração, e  colocar unidos os joelhos no chão, em frequente oração!
Pois Deus, o Senhor dos céus,  é contra  toda discriminação; toda e qualquer  humilhação... toda  escravidão!
                                                 
                                                           
PS: O autor é membro da Academia Itaperunense de Letras, presidente emérito,ocupando a cadeira '14' que tem como referência regional, o Pe. Hubert Lindelauf e,  como referência nacional, Alceu Amoroso Lima (Tristão de Atayde).